Júri de PM réu por matar 4 pessoas da mesma família em pizzaria começa em Porto Alegre

  • 30/10/2025
(Foto: Reprodução)
Entenda: Vídeo mostra briga que acabou com quatro mortos por PM em pizzaria do RS O ex-policial militar (PM) Andersen Zanuni Moreira dos Santos, acusado de matar a tiros quatro pessoas em uma pizzaria de Porto Alegre, vai a julgamento nesta quinta-feira (30). O caso aconteceu em junho de 2021 (relembre o caso abaixo). Ele é réu por quatro homicídios qualificados (por motivo torpe e com recurso que dificultou a defesa das vítimas), violação de domicílio qualificada e contravenção de vias de fato. Por meio de nota ao g1, os advogados de Santos defendem que ele agiu em legítima defesa. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp "As provas reunidas de forma unânime confirmaram que o réu não tinha intenção de matar, não procurou confronto e apenas tentou escapar de uma perseguição promovida por um grupo de seis pessoas hostis. Ele só reagiu quando não havia alternativa, agindo para preservar a própria vida diante do risco concreto e atual", diz a nota (leia na íntegra, abaixo). Já os advogados assistentes de acusação, que representam as vítimas, afirmam que "os fatos descritos na denúncia, analisados na sentença de pronúncia, somados ao laudo pericial e ao depoimento das sobreviventes corroboram com o que vem sendo declarado por nós desde o início das apurações sobre o ocorrido, trata-se de uma execução cruel e covarde" (leia a nota, na íntegra, abaixo). O julgamento está previsto para ocorrer no Plenário dos Grandes Júris, que fica no 2º andar do Prédio I do Foro Central de Porto Alegre, a partir das 9h. Os quatro homens mortos eram os irmãos Cristian e Cristiano Lucena Terra, de 33 e 38 anos, respectivamente; o primo deles, Alisson Correa Lucena, de 28 anos; e o sobrinho, Alexsander Terra Moraes, de 26 anos. Andersen chegou a ficar preso preventivamente por 311 dias, mas recebeu liberdade provisória em junho de 2022 por ser réu primário, não ter condenação definitiva e apresentar condições pessoais favoráveis, "embora registre uma denúncia recebida por estupro de vulnerável", afirmou a juíza Lourdes Helena Pacheco da Silva ao conceder a soltura do réu em 28 de junho de 2022. RELEMBRE PM agiu em legítima defesa, conclui inquérito da Polícia Civil MP denuncia por homicídio e pede prisão de policial Policial é denunciado por estupro de vulnerável 'Que a Justiça não deixe impune', diz viúva Policial foi alvo de inquérito sobre quatro mortes em pizzaria de Porto Alegre em junho Reprodução O caso O caso aconteceu na madrugada de 13 de junho de 2021, em uma pizzaria na Avenida Manoel Elias, em Porto Alegre. Após atirar contra as vítimas, Andersen se apresentou à polícia alegando legítima defesa. "Todas as vítimas, que possuíam laços de parentesco, encontravam-se em seu lar, desfrutando de um momento de serenidade, em celebração ao aniversário de um membro da família. Tratavam-se de quatro homens trabalhadores, de condição humilde e de caráter íntegro (...) O acusado, munido de armamento da corporação, (...) com treinamento militar e pleno domínio dos protocolos de reação, conscientemente, escolheu não agir de maneira apropriada, mas sim empregar a covardia e a violência desmedida contra essas pessoas indefesas", afirma o promotor Francisco Saldanha Lauenstein. Segundo o MP, ele teria ido à casa da família das vítimas, onde ocorria uma festa, em busca da ex-namorada. Ele não estava de serviço. Testemunhas afirmam que o policial teria invadido a residência, agredido uma mulher e que foi retirado do local pelas vítimas. As quatro vítimas teriam seguido o réu, que se escondeu na pizzaria. De dentro de um banheiro do estabelecimento comercial, o policial atirou contra o grupo, matando todos os homens, aponta a investigação. Em julho de 2021, o inquérito da Polícia Civil chegou a confirmar a tese de legítima defesa, levantada por Andersen. Segundo a polícia, o PM militar usou "os meios necessários moderadamente para repelir aquela injusta agressão". Entretanto, a defesa da família dos assassinados e o MP contestaram a versão. Na denúncia apresentada ao Judiciário, o MP sustenta que Andersen, "sem ter desferido sequer um tiro de aviso, passou a alvejar uma das vítimas de forma letal com sucessivos disparos". Em seguida, um segundo homem, que estava à frente do grupo, anunciou que iria socorrer o primo, momento em que foi baleado na cabeça. O MP ainda relata que, "sob o mesmo anúncio e objetivo de socorro, aproximaram-se as demais vítimas que foram, em sucessão, alvejadas". Alexsander (de moletom branco), Cristiano (de boné cinza), Cristian (de boné vermelho) e Alisson (com a camisa do Internacional) foram mortos a tiros por PM. Arquivo Pessoal Nota dos advogados de defesa "Os advogados de defesa, David Leal, Jader Santos e Christian Tombini, afirmam estar confiantes de que o julgamento permitirá demonstrar que Andersen Zanuni agiu em legítima defesa. Durante todo o processo, as provas reunidas de forma unânime confirmaram que o réu não tinha intenção de matar, não procurou confronto e apenas tentou escapar de uma perseguição promovida por um grupo de seis pessoas hostis. Ele só reagiu quando não havia alternativa, agindo para preservar a própria vida diante do risco concreto e atual. A expectativa é de que o Tribunal do Júri, ao analisar todas as provas e as conclusões unânimes das autoridades policiais que atuaram no caso, reconheça que Andersen reagiu para sobreviver, em um contexto em que qualquer pessoa em seu lugar teria feito o mesmo. A defesa acredita que o julgamento será a oportunidade de confirmar a verdade dos fatos: Andersen agiu em legítima defesa da própria vida". Nota dos assistentes de acusação "As vítimas sobreviventes à chacina na pizzaria, bem como as famílias enlutadas lutarão por justiça e seguem esperançosas na condenação do EX- Brigadiano que que vitimou seus familiares naquela fatídica noite. Os fatos descritos na denúncia, analisados na sentença de pronúncia, somados ao laudo pericial e ao depoimento das sobreviventes corroboram com o que vem sendo declarado por nós desde o início das apurações sobre o ocorrido, trata-se de uma execução cruel e covarde! Ainda, não é crível que um EX policial, condenado por estupro e acusado por 4 homicídios qualificados permaneça livre. Acreditamos na justiça e esperamos que a decisão dos jurados culmine com a prisão do Ex-PM. Ismael Schmitt - Daniel Cavalcanti - Priscila Candal Advogados (assistentes de acusação)" VÍDEOS: Tudo sobre o RS

FONTE: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2025/10/30/juri-de-pm-reu-por-matar-4-pessoas-da-mesma-familia-em-pizzaria-comeca-em-porto-alegre.ghtml


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